AVENIDA BRASIL DE ITAPECURU

O programa Profissão Repórter, apresentado pela TV Globo, na semana passada, focalizou a novela “Avenida Brasil”, que ficou no ar ao longo de oito meses, sob um ângulo interessante.

Sob o comando do competente jornalista Caco Barcelos, o programa buscou, em diversos pontos do país, histórias de pessoas que vivem e trabalham em avenidas homônimas da novela.

Como na terra onde nasci e fui criado – Itapecuru Mirim há uma movimentada Avenida Brasil, imaginei que ela fosse descoberta pela produção do programa e  um repórter mostraria os que nela habitam e atuam para torná-la atraente e pujante.

Atento e na expectativa de que a Avenida Brasil de minha terra aparecesse no vídeo, assisti ao programa inteiro. No final, frustração e decepção por não ver, naquela noite,  Itapecuru virar notícia nacional.

Como prêmio de consolação,  reporto-me hoje sobre a Avenida Brasil de Itapecuru, artéria que, de uns tempos para cá, passou ser a mais importante da cidade e onde estão os maiores estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços do município.

Com base num mapa preparado em 1910, pelo maestro Joaquim Araújo, verifico que o miolo urbano de Itapecuru conserva ainda o seu traçado original, que remonta ao século XVIII, quando engenheiros e  militares da fase pombalina projetaram a vila com quadras e ruas alinhadas e regulares.

  Até meados dos anos 1950  Itapecuru tinha um ordenamento espacial de pequena dimensão, mas bem organizado e localizado entre os igarapés Pau de Arara, Luiz Antônio e Zorra. No sentido leste-oeste, a cidade contava com as Ruas Beira Rio, Egito, Passagem, Formosa, Deserto, Flores e Cametá;  e, no sentido norte-sul, com as Ruas do Fio, Grande, Santo Antônio, Sol, Caiana, Caianinha, Marco, Boiada, Mocambo, Beco das Lavadeiras, Caminho do Pau de Arara e as Praças do Mercado e da Matriz.

A partir da administração do prefeito Bernardo Matos (1943 a 1945), a  cidade começou a se espraiar e sofrer alterações urbanísticas, face à demolição de centenas casas e casebres, que apresentavam irregularidades e comprometiam a sua topografia. Foi assim que chegaram as modernas residências, novas ruas e avenidas.

O avanço urbanístico de Itapecuru, além do efeito modernizador, provocou também a ampliação de sua área territorial, fato que levou o prefeito Miguel Fiquene, em 1948, a enviar à Câmara Municipal um projeto de lei que criava a zona urbana e suburbana.

 Oito anos depois da aprovação dessa lei, Itapecuru passaria por um novo e promissor surto de progresso urbanístico, em função  da adoção no país de um impetuoso programa rodoviário, realizado no governo do presidente Juscelino Kubitscheck. Novas estradas abriram-se  no Maranhão, para fomentar o progresso econômico do Estado e  interligá-lo a outras regiões do país.

Com esse objetivo, priorizou-se  a construção da MA-23 para ligar o Maranhão ao Piauí, passando pelas cidades de Itapecuru, Vargem Grande, Chapadinha e Buriti, com influência sobre os municípios de Brejo, Urbano Santos e São Bernardo. No projeto rodoviário,  a presença de uma ponte de concreto sobre o rio Itapecuru,  com vão central em arco e extensão total de 107 metros e 10,30 metros de largura, incluindo pista de rolamento e passeios laterais.

A moderna e majestosa obra, inaugurada em 1º de agosto de 1956, pelo governador Eurico Ribeiro e o prefeito Cinéas Santos, causou sensíveis alterações na estrutura da cidade. Com destaque para a desativação da antiga ponte flutuante, construída em 1948, pela Associação Comercial, através da qual transitavam passageiros e cargas em demanda a São Luís e  transportados por caminhões e trens da Estrada de Ferro.

 O desaparecimento da ponte flutuante fez a Rua da Boiada perder a aura de  principal artéria comercial e viária e o deslocamento do fluxo do tráfego para outro espaço da cidade, onde teve origem uma nova via pública, com o nome de Avenida Brasil.

A nova avenida cortava horizontalmente  a urbe, tendo o seu começo na Beira Rio e término na Rua José Gonçalves da Silva, sobre o leito da qual se assentou a rodovia MA-23,  em direção a Vargem Grande e outros municípios.

Para implantação da Avenida Brasil, o então Departamento de Estradas de Rodagem transferiu recursos financeiros à prefeitura, que os investiu na desapropriação de casas localizadas na Rua Caiana. Dessa forma,  Itapecuru  expandiu-se, modernizou-se e ganhou nova topografia.       

TOM AGRESSIVO

A sete dias da eleição de segundo turno, a campanha de prefeito de São Luís assumiu um tom cada vez mais agressivo.

Ataques e tiros de todos os calibres passaram a dominar os programas das emissoras de rádio e televisão, através dos quais os candidatos travam uma guerra mais pessoal do que política.

Nesta fase, os marqueteiros correm atrás dos pontos vulneráveis dos candidatos e dos deslizes praticados pelos mesmos e os colocam no ar.

No segundo turno, é flagrante o abandono dos pruridos morais e do respeito aos opositores e ao público. Por isso, a palavra de ordem é  ganhar a qualquer custo e passar por cima de tudo.

MUDANÇA DE ROTA

Melhorou significativamente os programas de João Castelo, nesta reta final dos programas veiculados pelo rádio e televisão.

No primeiro turno, as apresentações do candidato do PSDB foram bisonhas e os programas deixaram a desejar quanto à qualidade das mensagens políticas mostradas e vocalizadas pelos meios de comunicação.

Castelo lembrou-se de outubro de 1990, quando disputou e perdeu, no segundo turno, as eleições de governador para o candidato Edison Lobão exatamente por causa de seus programas.

Mais do que ninguém sabe o quanto é fundamental contar com uma  boa produção midiática, razão pela qual convocou novos marqueteiros que deram um novo tom à campanha eleitoral.

 AVENIDA BRASIL

Neste final de semana, os marqueteiros de João Castelo e de Edivaldo Holanda Júnior tiveram uma preocupação além da programação dos candidatos para os quais trabalham.

A preocupação teve um nome: a novela “Avenida Brasil”, que chegava ao seu final, com altos índices de audiência.

Na sexta-feira e no sábado Castelo e Edivaldo só foram para a rua  no término da novela. Antes disso, impossível atrair as atenções da militância e do eleitorado.

QUEM MATOU?

Na campanha eleitoral de prefeito de São Luís, um tema teve também predominância.

Descobrir o assassino de Max, um dos protagonistas principais da novela  “Avenida Brasil”.

Já que se conhece o autor do crime, compete à Secretaria de Segurança dizer o nome do assassino do ex-prefeito de Presidente Vargas, o Bertin, que há anos permanece em denso mistério.

MÚSICA DE CANDIDATOS

Um grupo formado por compositores e intelectuais reuniu-se para escolher a melhor música de propaganda eleitoral de 2012.

Depois de intenso trabalho, que levou dias para a seleção das composições musicais dos candidatos,  veio o implacável veredicto.

Todas, sem exceção, foram consideradas de péssimo gosto, tanto música como letra.    

PREFEITOS DE GASTÃO

Nesta semana, o ministro Gastão Vieira reúne em São Luis os prefeitos que ajudou a eleger no dia 7 de outubro.

Na pauta: assuntos relativos à educação.

O encontro contará com a presença do emérito educador e professor João Batista, que abordará a realidade da educação brasileira e mostrará os caminhos que os novos gestores poderão trilhar para encontrar soluções e melhorar os níveis do ensino em seus municípios.

Por falar em Gastão, ele prometeu dar um pulo em São Paulo, onde  presta solidariedade ao fraterno amigo, Fernando Hadad, candidato à prefeitura paulistana.

VALÉRIA DO MANIM

O espalhafatoso prefeito de Santa Quitéria, Manim Leal, aquele que montou um time de futebol em sua cidade para disputar o campeonato maranhense, mostrou nestas eleições mais uma faceta de sua atuação política.

Uma de suas filhas, a mais jovem e estudante de medicina, portando domicílio eleitoral de Araioses, fez-se candidata a prefeita do município.

 Com apenas 21 anos, Valéria do Manim, assim conhecida, derrotou a prefeita Luciana Marão Trinta, que tentava a reeleição.

Além de Valéria, Manim conseguiu eleger o seu sucessor em Santa Quitéria, o médico Sebastião Moreira.

CASTELO E DILMA

Se a presidente Dilma Roussef souber como o prefeito João Castelo, nos programas eleitorais, divulga o seu nome e a elogia desbragadamente, certamente virá a São Luís.

A presidente da República ficará mais satisfeita ao tomar conhecimento de que tais elogios partem do candidato PSDB,  terrivelmente combatido pelo partido a que pertence - o PT.

Nem Washington, que faz parte do Partido dos Trabalhadores, na campanha do primeiro turno, exaltou tanto Dilma quanto Castelo.

SARNEY EM ALEMÃO

O cônsul do Brasil em Frankfurt, César Amaral, defende a participação do romance Saraminda, da autoria do escritor José Sarney, na Feira de Livros da Alemanha, em 2013.

O livro será traduzido para o alemão e editado pela Fundação da Biblioteca Nacional.

O diplomata acha que o livro de Sarney tem qualidades literárias e obteve repercussão na Europa depois de traduzido para o francês, lançado em Paris, no ano passado.

PREFEITO DE ITAPECURU

O prefeito eleito de Itapecuru, professor Magno Amorim, mostrou que a cultura terá prioridade na sua administração.

Ontem, a convite do presidente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, Benedito Buzar, ele reuniu-se com os membros da instituição,  com os quais discutiu questões culturais e como fazer delas instrumento de promoção social.  

No assunto: Buzar está convocando técnicos itapecuruenses, que trabalham em São Luis e prestam serviços a organismos públicos e privados, para a elaboração de um plano de desenvolvimento a ser oferecido ao novo prefeito do município.

ANÚNCIO ESQUISITO

Um anúncio publicado nos jornais de São Luís chamou a atenção dos leitores.

Tudo por conta do aluguel de uma casa no centro da cidade. Os que leram o anúncio ficaram empolgados pela maneira como o imóvel foi oferecido aos interessados.

Assim dizia: “Aluga-se casa no centro. Faça parte desta história. More na área que fez São Luís um Patrimônio da Humanidade, ou coloque um empreendimento no espaço de maior convergência da cidade!”

NO LARGO DO CARMO

A partir do final da década de 1950 a Polícia proibiu a realização de comícios políticos no Largo do Carmo.

Ao cair da tarde da última quinta-feira, essa proibição foi quebrada pelos adeptos da candidatura de Edvaldo Holanda Júnior.

Não houve nenhuma intenção ou propósito de desrespeitar uma norma antiga e baixada pela Polícia Militar, o órgão que disciplinava os eventos políticos no centro da cidade.

Foi tudo uma questão de momento e oportunidade. Um trio elétrico estacionou em frente à casa de Dona Maria Machado, onde se realizavam os comícios das Oposições Coligadas, e ali os oradores começaram a discursar, dentre os quais o prefeito de Pernambuco, Eduardo Campos,  e os candidatos  Edvaldo Holanda Junior e Roberto Rocha.

POSSE DE NATALINO

O mais recente candidato eleito para a Academia Maranhense de Letras, Natalino Salgado, já comunicou ao presidente Benedito Buzar a data que deseja ser empossado.

Será 13 de dezembro vindouro e quem vai saudá-lo, em nome da Casa de Antônio Lobo, é o acadêmico Américo Azevedo Neto.

CANDIDATOS FOLCLÓRICOS - I

Teria sido uma grande tragédia se o eleitorado não tivesse o discernimento de mandar para o lixão os numerosos candidatos registrados com nomes folclóricos ou circenses.

Felizmente todos foram derrotados, a cidade ficou livre deles e a representação política do povo de São Luís não se comprometerá com a presença de tantos candidatos caricatos.

Seria de bom alvitre que os partidos políticos, a quem cabe a prerrogativa de registrá-los na Justiça Eleitoral, tivessem maiores cuidados e fossem mais zelosos no cumprimento desse procedimento.

CANDIDATOS FOLCLÓRICOS – II

Se as agremiações partidárias tomassem providências assépticas, o eleitorado teria uma preocupação a menos na hora de votar e não escolheria candidatos como os abaixo discriminados.

Zé do Chiclete, Terezinha do Guaraná, Zequinha Vascaíno, Chico Feio, Jainara do Coroado, Jonas da Pesca, Zé Dias Pica Pau, Poderosa, Ratinho Mendonça, Jonas Forró, Paca, Maria da Fita, Tia do Bombom, Pinto Choperia, Biné Tonelada, Augustin Karrara, Bartolomeu do Gás, Coló Garçom, Nenenzinho, Ana Maria do Trânsito, Antônio Rosa Carruagem, Pastel Cantor, Pite de Alcântara, Freitas do Pedal, Carlos Alberto Mãozinha, Denys Bar, Pompom Magalhães, Chico Capijuba, Betinho da Pampa, Novo de Novo, Zequinha da Garapa, Mingota, Reizinho, Paêta, Seu Madruga, Periquito, Sérgio da Igreja, Manoel Seresteiro, Só Alegria, Maria Chiquinha, Maria do Abacate, Pedro Paulo Homem do Povo, Romualdo Loterias e Salões, Tiririca Cover e Zuluzinho.

PARTIDO DO SAMPAIO

Quando o Sampaio Correia  joga bem e  com boas apresentações nos campeonatos e torneios futebolísticos, funciona como partido político.

Não foi à toa que Sérgio Frota, pelos seus méritos pessoais e presidente da Bolívia Querida, teve ajuda do eleitorado que gosta de ver o time sampaíno em  plena forma física e técnica.

A eleição de Sérgio fez lembrar os tempos em que Djalma Campos, como jogador e depois presidente do Sampaio Correia, se elegeu várias vezes para a Câmara Municipal e Assembleia Legislativa.

PAIS E FILHOS

Vários políticos, alguns em plena atuação, outros afastados das lides partidárias, fizeram os filhos candidatos à Câmara Municipal de São Luís.

Apenas três conseguiram eleger os rebentos: Pedro Fernandes, Roberto Rocha e Lourival Mendes.

São os responsáveis pelas caras novas que marcarão presença na próxima Câmara de Vereadores de São Luís: Lucas Fernandes, Robero Rocha Junior e Luciana Mendes.

VOTAÇÃO DE CLARA

Quem acompanhou o desempenho da candidata Clara Moreira na campanha eleitoral de vereador de São Luís, não se conforma com a votação que obteve nas urnas.

Há quem ache que ela não escolheu a coligação certa para disputar o pleito, haja vista a presença de candidatos eleitoralmente fortes na corrida pelo voto, mas esse fato não explica a sua votação aquém do estimado.

Com os boletins do Tribunal Regional Eleitoral nas mãos, Clara, com ajuda de amigos, vai tentar encontrar as falhas e ver o que aconteceu na campanha eleitoral, onde se apresentou bem, teve apoios importantes e bons cabos eleitorais.                 

PESQUISA EQUIVOCADA

Tinha razão o presidente do Ibope, Carlos Montenegro,  quando disse que as eleições deste ano iriam derrubar vários mitos, dentre os quais o de que as pesquisas induzem o eleitor a votar nos candidatos apontados como vencedores.

Foi o que aconteceu em Itapecuru, quando a Escutec revelou o candidato Miguel Lauande como imbatível no pressuposto de que tinha mais de 40 por cento das intenções de votos e o segundo colocado sem alcançar vinte pontos percentuais.

Na votação, o eleitorado itapecuruens deu a resposta adequada à Escutec: na reta final o candidato favorito foi ultrapassado pelo segundo colocado, Magno Amorim.

SAIA JUSTA

A mídia dos principais jornais do país,  que tudo aproveita para tripudiar o senador José Sarney,  vestiu saia justa nas eleições deste ano.

Ela torcia desbragadamente para o candidato do presidente do Senado perdesse na cidade de Pinheiro, sua terra natal.

De nada adiantaram as torcidas midiáticas, pois o que se viu foi o banho de votos que Filuca Mendes, candidato de Sarney, deu no adversário.

HOMÔNIMO DE ALEX

O poeta Alex Brasil sofreu bastante nesta campanha eleitoral.

Tudo por conta de um homônimo que se candidatou à Câmara Municipal de São Luís.

Alex teve de colocar uma secretaria de plantão só para informar que não era candidato a qualquer cargo eletivo.

CHICO GOMES

Afinal, o eleitorado de Viana tomou juízo e resolveu escolher um candidato certo e voltado para recuperar a cidade do tratamento sofrido nos últimos anos, por conta da presença na prefeitura de gestores incompetentes e mal intencionados.

Viana, uma das urbes mais bonitas do Maranhão, pelo seu passado histórico e pela arquitetura colonial, foi completamente destruída pela incúria de prefeitos que só cuidavam de interesses pessoais e dilapidar os recursos públicos.

Com a eleição de Chico Gomes, um técnico competente e correto, Viana certamente será bem administrada e deverá sair do longo período de estagnação em que se encontra.

ALEGRIA E TRISTEZA

O deputado Arnaldo Melo, presidente da Assembleia Legislativa, viveu nas eleições de domingo passado momentos de alegria e de tristeza.

Alegria por conta da eleição do médico Antônio Carlos, que com o seu apoio, foi eleito prefeito de Colinas.

Tristeza porque teve uma de suas fazendas, voltada para pastagem de gado, literalmente devastada pelo fogo, talvez, de origem criminosa.

REELEIÇÃO DE  ANA KARIN

Prefeito que durante o mandato trabalha e realiza administração proveitosa em favor do povo, tem a recompensa no final da gestão.

Foi o que teve a prefeita da cidade paulista de Cruzeiro, Ana Karin Andrade, reeleita para um segundo mandato e com votação consagradora.

SARAU NO ODYLO

Nesta terça-feira, mais um vento cultural no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho.

Às 19 horas, o poeta e produtor cultural Américo Azevedo Neto, apresentará o sarau Cazumbá, Teatro e Dança.

BEBIDA ALCOÓLICA

Não fosse a aplicação exagerada da proibição da Lei Seca, nos dias que antecederam as eleições municipais, certamente a secretaria de Segurança teria tirado nota dez.        

A proibição de consumir bebida alcoólica de 5 a 7 de outubro foi rigorosa, inócua e não teve o apoio da sociedade.

Fala-se que o secretário Aluisio Mendes teria se arrependido de editá-la, tanto que nas próximas eleições baixará uma portaria mais branda para contentar biriteiros e abstêmios. 

VOTOS SUB JUDICE - I

Candidatos a prefeito de vários municípios do Maranhão estão hoje disputando as eleições, sem ainda saber se poderão tomar posse caso sejam eleitos.

Ou seja, podem até ganhar o pleito, mas correm o risco de não assumir o cargo.

Isso acontece porque estão com as suas candidaturas indeferidas ou cassadas e o Tribunal Superior Eleitoral ainda não julgou os recursos.

De acordo com resolução do TSE, nenhum candidato com registro indeferido pode ser diplomado, mesmo que exista recurso.

 VOTOS SUB JUDICE – II

O fato de o político não ter sido julgado até a eleição, causa insegurança ao candidato e ao eleitor.

Ao candidato pela dificuldade de encontrar doadores, já que não havia garantia de ter o registro aprovado.

Para o eleitor, corre o risco de ver o seu sufrágio anulado e o candidato não assumir o cargo.

DATAS DAS ELEIÇÕES

Durante muito tempo as eleições brasileiras foram realizadas no dia 3 de outubro.

A escolha da data era em homenagem à Revolução de 1930, movimento político-militar desencadeado contra o domínio de São Paulo e de Minas Gerais na política brasileira e teve como resultado a chegada de Getúlio Vargas ao poder.

De uns tempos para cá, contudo, o Tribunal Superior Eleitoral deixou de cumprir essa regra e passou a realizar as eleições em datas nada simbólicas ou que lembrem eventos históricos.

HOMENAGEM AO HISTORIADOR

Um dos historiadores mais respeitados do Brasil, José Murilo de Carvalho, esteve, na semana passada em São Luís, onde participou da solenidade de entrega do Prêmio Literário IV Centenário, promovido pelo Instituto Geia, com apoio da Vale.

O conceituado historiador recebeu homenagem no Palácio dos Leões, no almoço oferecido pela governadora Roseana Sarney.

No Calhau, seu confrade da Academia Brasileira de Letras, José Sarney, lhe ofereceu jantar, com as presenças de Jorge Murad e de membros da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, Lino Moreira, Sebastião Duarte, Luis Phelipe Andrés e Ceres Costa Fernandes, que se fazia acompanhar do esposo, Antônio Carlos.

A ILHA E O TEMPO

Este é o título do livro premiado pelo Instituto Geia, em comemoração aos quatrocentos anos de São Luís.

O autor da obra é o carioca Luiz F.F. Tavares, pesquisador e bacharel em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre e doutorando em História pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense e professor da História da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.

O vencedor ganhou um prêmio de R$ 50 mil, teve o livro publicado e o  prazer de conhecer São Luís.  

DÍVIDAS QUITADAS

Bateu o recorde em setembro o total de dívidas quitadas nos registros do Clube de Diretores Lojistas de São Luís.

Foi o melhor resultado deste ano. Os diretores do CDL acreditam que o fato deve-se à aproximação das festas de Natal e de Ano Novo.

Os consumidores, com dívidas quitadas, habilitam-se às compras sem receio de seus nomes serem rejeitados pelos lojistas.

DÍVIDAS AOS SUCESSORES

Poucos são os prefeitos que não vão deixar dívidas para os seus sucessores.

Quando passar a euforia das eleições, os gestores eleitos vão começar a ter a noção dos rombos que vão receber.

Muitos até se arrependerão dos gastos vultosos que fizeram na campanha eleitoral, pois as dívidas nas prefeituras são astronômicas e capazes de tornar inviáveis as administrações municipais.

Esses rombos correm por conta da queda do repasse do Fundo de Participação dos Municípios e da corrupção desenfreada de gestores irresponsáveis e mal intencionados.

CANDIDATO IMPETUOSO

Um empresário chamou a atenção do eleitorado nesta campanha para a Câmara Municipal de São Luís.

Desconhecido nos meios empresariais, o candidato do PDT veiculou pelos jornais uma mensagem política forte e surpreendente para os padrões locais.

Dizendo-se “ficha limpa, comerciante e o maior síndico do Brasil”, anunciou que é candidato a vereador porque “grande parte dos políticos são corruptos, desonestos, vigaristas e não devem ser reeleitos”. 

PAI E FILHO

O ex-vereador Edvaldo Holanda deve hoje estar às voltas com a eleição do filho Edvaldo Junior, mas também com o pensamento em 1988.

Naquele ano, disputou, pelo PFL,  as eleições de prefeito de São Luís, concorrendo com os candidatos Jackson Lago, Carlos Guterres, Jairzinho da Silva, Sebastião Silva e José Ribamar Heluy.

À época, as eleições não se processavam em dois turnos e o vencedor foi o médico Jackson Lago do PDT, que, pela primeira vez chegava ao comando da prefeitura de São Luís, substituindo a prefeita Gardênia Gonçalves. 

HISTÓRIAS DE BISPOS

Atendendo  convite de dom José Belizário, arcebispo do Maranhão, o senador José Sarney escreveu artigo para o Jornal do Maranhão, sobre os “Quatrocentos anos de evangelização do Maranhão”.

No artigo, Sarney relata episódios e fatos, em terras maranhenses, dos bispos Otaviano de Albuquerque, Carlos Carmelo de Vasconcelos, Adalberto Sobral, José Delgado, João José da Mota e Paulo Ponte.

Um dos mais interessantes diz respeito a dom Adalberto Sobral, que tinha horror a ratos. Ao dormir,  para não ser molestado pelos bichos, colocava em cada canto do quarto um seminarista para miar como gato e espantar os incômodos habitantes do Palácio Episcopal.

MITO DAS PESQUISAS

Os candidatos à prefeitura de São Luís, que não foram bem-sucedidos nas pesquisas realizadas no período da campanha eleitoral, ficaram aliviados com a entrevista do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro.

Ele disse que as eleições deste ano vão derrubar vários mitos. Dentre os quais a de que as pesquisas induzem o voto do eleitor.

No final desta tarde, quando as apurações forem concluídas, veremos se o presidente do Ibope tem ou não razão.

PLEITO DE ITAPECURU

As presenças dos deputados Gastão Vieira, Fábio Braga e do jornalista Benedito Buzar, no encerramento da campanha eleitoral de Itapecuru, definiram a eleição do candidato Magno Amorim.

O comício, no qual eles foram atrações, galvanizou as atenções do povo, que compareceu em massa à Praça Gomes de Sousa, para consolidar de uma vez toda a vitória de Magno Amorim, o grande fenômeno eleitoral de Itapecuru, nas eleições deste domingo.