segunda-feira, 8 de julho de 2013

O FIM DO RESTO



A revista Veja, da semana passada, trouxe um trabalho jornalístico sobre os recentes acontecimentos que explodiram no Brasil e que merece ser lido por todos que se interessam pelo destino do país.
O trabalho tem a assinatura do jornalista J. E. Guzzo. Nele, o autor analisa com bastante precisão os motivos que levaram os jovens às ruas a protestar contra as mazelas que fazem parte da vida nacional.
Para que o leitor possa dimensionar a atualidade e a fidelidade do primoroso artigo, permito-me transcrever apenas um trecho, o que abre o trabalho do jornalista.
“A presidente Dilma Roussef simplesmente não está à altura da situação que tem o dever de enfrentar. Não sabe o que fazer o que acha que sabe está errado, e, seja lá o que resolva, ou diga que está resolvendo, não vai ser obedecida na hora da execução. O momento exige grandeza, a inteligência e os valores pessoais de um estadista. Dilma não tem essas qualidades.” 
SAUDADE DO PARLAMENTO
O prefeito Holanda Júnior encontrou-se na semana passada, em São Luís, com um ex-colega de bancada no Congresso Nacional.
Depois de narrar o sofrimento que vem passando na prefeitura de São Luis, o gestor terminou a conversa com esse desabafo: “Que saudade da Câmara de Deputados”.
FUTEBOL E CARNAVAL
Até bem pouco tempo era tido como verdadeira a máxima de que no Brasil protesto do povo jamais aconteceria em época de Copa do Mundo ou de Carnaval. 
As recentes manifestações populares que vieram à tona em todo o território nacional mostram como esse axioma, esposado até mesmo por cientistas sociais, caiu literalmente por terra.
Em plena Copa das Confederações, uma Copa do Mundo em miniatura, e em meio às festividades juninas, evento tão popular quanto o carnaval, o brasileiro esqueceu tudo isso e foi para a rua dizer que não suporta mais o descalabro político e administrativo vigente no país.
CATÓLICOS E EVANGÉLICOS
Estudos mostram que o pluralismo religioso se consolida no Brasil.
O catolicismo continua sendo maioria no país, mas perdeu a hegemonia. 
É visível o crescimento espantoso dos evangélicos até mesmo em cidades onde o catolicismo era predominante.
Em qualquer povoado do Maranhão, até bem pouco tempo só visitado por padres, nos dias de hoje, a presença de evangélicos é marcante e indiscutível.
PRESIDENTES E GOVERNADORES
Com a eleição de Fernando Henrique Cardoso para a Academia Brasileira de Letras, aumentou para três o número de ex-presidentes da República na Casa de Machado de Assis.
Antes de FHC, só Getúlio Vargas e José Sarney.
Com relação à Academia Maranhense de Letras, sete ex-chefes de Poder Executivo do Estado marcaram presença na Casa de Antônio Lobo. Três interventores: José Maria Reis Perdigão, Astolfo Serra e Clodomir Cardoso; dois governadores eleitos em pleito indireto: Aquiles Lisboa e Pedro Neiva de Santana; dois eleitos pelo povo: Godofredo Viana e José Sarney.
 GOLPES NA ECONOMIA
As manifestações populares nas ruas de São Luís têm provocado mudança de comportamento da população e golpes na economia da cidade.
Com receio de ser surpreendida com os protestos de rua, parte da população que costuma freqüentar bares, restaurantes e demais estabelecimentos, prefere ficar em casa.
O peso dessas manifestações vem repercutindo sobremodo no comércio da cidade, que acusa uma queda no faturamento em torno de 40 a 50 por cento.
O Shopping Tropical, por exemplo, que nunca havia paralisado suas atividades, viu-se obrigado, em junho, por medida de segurança, a fechar as portas.
ESCOLA DE SAMBA
A Escola de Samba da Mangueira, em 2014, vai desfilar na Marquês da Sapucaí, com o enredo sobre as festas populares do Brasil.
O Bumba Boi do Maranhão foi trocado pelo de Parintins.
Espera-se que a cantora maranhense Alcione, uma das figuras destacadas da Mangueira, proteste contra esse posicionamento de sua Escola de Samba.
MILITARES EXAUSTOS
As diárias manifestações populares nas ruas de São Luis estão deixando as forças policiais em permanente estado de exaustão.
O cansaço físico e mental está no semblante de cada policial.
Há duas semanas eles não dormem direito e vivem sob permanente tensão.
Diante de um quadro desses, como exigir dos policiais a serenidade na hora de enfrentar vândalos?    
 ESTADO DE TENSÃO
A população de São Luis, como de resto do Brasil inteiro, vive sob um estado emocional tão forte, que, no sábado passado, pela manhã, os moradores do Conjunto Renascença, passaram por um grande sufoco.
Uma procissão, sob intenso foguetório, saiu da igreja de São Paulo Apóstolo, anunciando o começo da festividade em homenagem ao santo.
Foi o bastante para que os moradores do bairro se trancassem nos apartamentos.
IRMÃS JOSEFINAS
Na semana passada, a cidade de Itapecuru comemorou um fato muito caro à sua população.
Há 50 anos, instalava-se ali um núcleo da Congregação das Irmãs Josefinas, que ao longo desse tempo vem prestando relevantes serviços nas áreas da evangelização e educacional.
As Josefinas chegaram a Itapecuru em junho de 1963, pela ação do arcebispo Dom José Delgado, do padre José Albino Campos e do então prefeito Abdala Buzar.     
ROMANCE DA BALAIADA
O escritor maranhense Ronaldo Costa Fernandes, que mora em Brasília, passou alguns dias em São Luis, tratando de um assunto especial.
A coleta de subsídios sobre a Balaiada, movimento popular desencadeado no interior do Maranhão, no período de 1838 a 1841, contra a elite que dominava o poder.
O próximo romance de Ronaldo terá a Balaiada como pano de fundo.
ARTUR AZEVEDO
Num dia como hoje, em 1855, portanto há 158 anos, nascia em São Luis, Artur Azevedo.
É reconhecidamente uma das maiores figuras do teatro brasileiro, contando-se mais de uma centena de comédias, operetas, dramas, revistas, paródias, burletas. Escreveu também poesia e contos.
O Maranhão deu-lhe o nome ao Teatro de São Luis. É fundador da Academia Brasileira de Letras e patrono das Academias de Letras Maranhense e Paulista.

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