Não é à toa
que o Maranhão carrega a fama de ser o estado onde a fraude eleitoral campeia e
prospera.
Até pouco
tempo, as fraudes distorciam de modo escandaloso a vontade do eleitorado
maranhense e são lembradas como fatos do nosso folclore político.
Mesmo com as
urnas eletrônicas, cada vez mais aprimoradas pela modernidade tecnológica, os fraudadores
ainda procuram fabricar artimanhas para burlar a lei.
Nas últimas
eleições, em algumas cidades do interior, a criatividade fraudadora veio à tona com esta novidade: o eleitor é
comprado para não comparecer à urna de votação, mediante a retenção de seus documentos
pessoais, só restituídos após o processo eleitoral.
HABILIDADE
DE EDIVALDO
O candidato
Edivaldo Holanda Junior mostrou habilidade e perspicácia política para vencer
as eleições de prefeito de São Luís.
Jornalistas
e blogueiros que o acompanharam no correr da campanha eleitoral viram que ele
soube, a despeito da juventude, contornar problemas e impor-se.
Sua
competência será testada nos dias que antecedem à posse na prefeitura, em que
enfrentará obstáculos de monta para compor a equipe que o ajudará a administrar
a nossa cidade.
EXEMPLO DE MACAPÁ
O prefeito
eleito de Macapá, Clécio Muniz, do PSOL, não pertence à corrente política do
senador José Sarney.
Depois da
eleição, anunciou que vai procurar o presidente do Senado, pois não pode
prescindir do apoio institucional de tão importante político.
Sua conversa
com o senador José Sarney não será como militante partidário, mas como gestor e
cioso da responsabilidade de fazer
de Macapá uma nova cidade.
DESCRÉDITO
POLÍTICO
Nunca em
tempo algum se viu uma abstenção tão forte em São Luís como nestas eleições do
segundo turno de prefeito.
Quase 150
mil eleitores deixaram de votar, lembrando ainda que 15. 864 eleitores anularam
o voto e 11. 873 votaram em branco.
Diante desse
quadro assustador, uma pergunta não quer calar: por que esse comportamento do
eleitorado?
A resposta é
óbvia: descrédito no sistema partidário e protesto contra os militantes políticos.
FUTUROLOGIA
POLÍTICA
Nenhum
exercício de futurologia poderia imaginar o visto no segundo turno das eleições
de prefeito de São Luís.
Pensava-se
um pleito sem grandes radicalismos, de poucos embates pessoais e com as costumeiras
baixarias postas à margem.
Quem assim
pensou, equivocou-se literalmente. Em vez da disputa civilizada, afloraram insultos em todas as direções e agressões
verbais vocalizados entre candidatos, apoiadores e simpatizantes.
Se as
eleições demorassem, certamente a cidade seria palco de imprevisíveis fatos e de
atos de selvageria política.
PRÓTESE DE
CASTELO
Eleições não
servem apenas para o povo escolher os candidatos aos cargos majoritários e
proporcionais.
Prestam-se também
ao conhecimento de intimidades pessoais dos candidatos.
Nestas
eleições, por exemplo, ficou-se sabendo, pela televisão, que o prefeito João Castelo usa prótese na
região auricular.
O fato foi
comunicado ao eleitorado pelo próprio candidato.
PRÉDIO DOS HOLANDA
Os Edivaldo Holanda,
pai e filho, moram em apartamentos separados na Avenida dos Holandeses.
Habitam um
edifício nobre desde sua inauguração. São bem quistos e tratam os vizinhos com
urbanidade.
Passaram-se
as eleições, mas o imóvel onde mora o prefeito eleito de São Luís continua decorado com bandeiras vermelhas e ao centro
o número 36.
Até agora
não houve romaria ao prédio dos Holanda. Tudo continua em paz, para alegria dos
moradores.
DERROTA
INEXPLICÁVEL
A derrota de
Albérico Ferreira Filho à reeleição à prefeitura de Barreirinhas continua dando
o que falar.
Todas as
pesquisas o apontavam como favorito, mas não foi esse o resultado do pleito. O
pior de tudo é que Alberiquinho perdeu para um ex-prefeito cuja gestão muito deixou
a desejar.
Em
Barreirinhas o comentário é um só: a eleição foi perdida por acomodação e
excesso de otimismo.
GENRO E
SOGRA
O deputado
Neto Evangelista, candidato a vice-prefeito na chapa de Castelo, perdeu as
eleições em São Luís.
Em
compensação, a sogra, Maura Jorge, se reelegeu prefeita de Lago da Pedra.
A família
Jorge, desde 1969, não perde eleição naquele município. Com a de 2012,
contabilizaram-se oito vitórias seguidas.
NATALINO EM
ALTA
Amigo do
prefeito eleito de São Paulo, Fernando Hadad, o reitor Natalino Salgado consolidou
essa amizade na recente campanha eleitoral.
Por
iniciativa do reitor da UFMA, um manifesto de apoio à candidatura de Hadad
foi assinado pelos reitores das
universidades federais do país.
Ao ser
proclamada a vitória no pleito de São Paulo, Hadad telefonou a Natalino para agradecer
o positivo e fraternal gesto.
VIDIGAL NÃO
VOTA
Ficou
explícita e pública a manifestação do ex-ministro Edson Vidigal, do Superior
Tribunal de Justiça, contra o ministro Joaquim Barbosa, caso este seja
candidato à Presidente da República.
Para Vidiga,
o ministro do Supremo Tribunal Federal, no processo do mensalão, vem votando mais politicamente do que
juridicamente.
Mas não é
assim que pensa a grande maioria do povo brasileiro, que considera Joaquim
Barbosa o maior defensor das leis e da Constituição do país.
LIVRO DE
MARIA THEREZA
Maria
Thereza de Azevedo Neves, nos últimos anos, vem brindando os familiares amigos
com excelentes livros.
“Pena Vadia”
é a sua mais recente produção literária, na qual sua veia de poeta e contista aflora em total plenitude.
Quem leu o
livro de Maria Thereza, como o jornalista Benedito Buzar, chega ao final da
leitura sem saber quem é melhor: a contista ou a poeta.
HISTÓRIA DE
SÃO LUÍS
O saudoso
professor Mário Meireles deixou um livro inédito sobre São Luís.
As filhas do
ilustre historiador deram ao acadêmico Carlos Gaspar a incumbência de
publicá-lo em homenagem aos quatrocentos anos de São Luis.
Pronto o
livro, que sairá com o selo da Academia Maranhense de Letras, Gaspar reservou a
data de 22 deste mês para lançá-lo com o título de Histórias de São Luís.
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